Comer melhor: que mal tem?
Nutrição

Comer melhor: que mal tem?



Por Marluce Nóbrega, nutricionista

Você sabia que existem obesos saudáveis e magros não saudáveis, ou seja, não saudáveis por apresentarem alterações em resultados bioquímicos como elevadas concentrações séricas (no sangue) de colesterol, glicose, insulina ou triglicerídeos, bem como tolerância a glicose diminuída e aumento da pressão arterial?

Peço desculpa à turma fit, mas não vou falar de batata doce, frango e tapioca. E olha que gosto dos três alimentos que citei, mas temos que agradecer por morarmos em um país tropical que nos dá a oportunidade de comer de modo variado pela grande oferta de alimentos que temos.

Comer melhor é para todos. É para quem quer energia para as atividades do dia-a-dia ou para quem quer suporte para a prática de sua atividade física, para buscar um peso saudável, para apresentar melhores controles dos seus exames, para dar suporte a um momento especial como a gestação, saber o que você está comendo, além de economizar por comer mais em casa. 

Para começar, precisamos ter o interesse para a mudança. Precisamos dedicar um pouco do nosso tempo para organizar, comprar, pré-preparar e preparar a nossa comida. Podemos começar escolhendo 2 ou 3 dias na semana para isso. E não, não precisa ser uma mudança de um dia para o outro, com o tempo acabamos ocupando menos tempo para essa organização e com a prática menos tempo para preparar a nossa comida. 

Todo mundo pode aprender a cozinhar e pode se surpreender com o que vier a produzir. Fazer dessa hora uma obrigação não vai ajudar. Pode ser uma hora de troca, de aprendizado, de erros e acertos, de descobertas, de aproximação da comida (e não vê-la como uma inimiga), de passar o tempo, de surpresas, de novos sabores, de inclusões de sabores. Cozinhar de casa não deve ser um grande obstáculo e pode nos recompensar com benefícios preventivos para a nossa saúde.

Comidas caseiras tendem a ser um investimento em nossa própria saúde quando podemos ser razoáveis no uso de sal, óleo, açúcar e outros componentes das preparações. Alimentos ricos em nutrientes não precisam vir embalados para nos informar o quão nutritivos são. Realizar algumas substituições sensatas são mais sustentáveis do que realizarmos mudanças radicais na nossa forma de comer. Desistir de hábitos de longa data é difícil, mas em contrapartida, ir modificando hábitos para promover a sua saúde pode ser uma estratégia útil. E não precisa deixar de comer algo que você gosta muito porque a forma de preparo é mais gordurosa, ou frita, ou açucarada. Você também pode aprender a fazer os seus pratos prediletos e encontrar o equilíbrio para você entre os pratos triviais, mais coloridos ou mais elaborados.

Mãos na massa!

Em caso de dúvidas, procure um(a) nutricionista!  

Inspirada por Michael Pollan e Maya Adam em https://www.coursera.org/ - Stanford Introduction to Food and Health – Universidade de Stanford (curso gratuito online)
 
 



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