Atitudes e comportamentos que podem fazer a diferença
Nutrição

Atitudes e comportamentos que podem fazer a diferença




Por Gisele Kawamura de Oliveira Queiroz, nutricionista

Janell Burley Hoffmann, ativista, escritora e mãe de 5 crianças, escreveu um texto contando um episódio em que sua filha de 7 anos, insatisfeita com o seu corpo, lamenta-se por considerar-se gorda.

Me arrepiei ao imaginar que, em poucos anos, posso enfrentar uma situação semelhante com a minha filha que hoje tem 2 anos.

O arrepio veio apesar de toda a experiência que adquiri como nutricionista de uma equipe renomada no tratamento e pesquisa de transtornos alimentares; apesar do fato de eu fazer parte de um grupo único como o GENTA, que discute incansavelmente questões sobre aceitação corporal, prazer na alimentação, conceitos de beleza e saúde; apesar de ter aconselhado inúmeras vezes meninas e mulheres com esse tipo de insatisfação. Confesso que me apavora a idéia da minha filha passar por isso.

Fiquei por alguns dias aflita, pensando nessa história toda, até que acalmei o meu coração. Percebi que o melhor que eu e todas as mães e mulheres podemos fazer é viver bem com os nossos corpos ao invés de denegri-los ou nos queixar repetidamente e fazer caretas ao olhar no espelho.

Quando meninas assistem suas mães, amigas, professoras, tias e avós reclamando de seus corpos e submetendo-os às mais malucas dietas e procedimentos, a mensagem que elas recebem é que nenhuma mulher está bem do jeito que é, e que é necessário modificar o corpo para ser aceita e feliz.

Eu não posso evitar que a minha filha sofra influências externas, que conviva com amigas e mães de amigas extremamente preocupadas com a aparência física, que ela brinque de Barbie e deseje ser princesa, mas posso garantir que ela cresça em uma família com pessoas que mantém uma relação saudável com os seus corpos e com os alimentos. Posso ensiná-la a respeitar e admirar as diferenças e mostrar que a beleza tem muitas facetas. Que gostamos das pessoas porque elas são engraçadas, companheiras, leais, inteligentes, amorosas, bem humoradas, generosas.

Eu posso contribuir de forma positiva para o desenvolvimento de sua auto-estima e auto-confiança e se, mesmo assim, em alguns anos eu ouvir "mãe, não gosto do meu corpo", estarei preparada e munida de lembranças para ajudá-la a resgatar o que ficou perdido no meio do caminho.

Texto de Janell Hoffmann: http://www.rachelsimmons.com/2012/01/mom-im-fat-one-mothers-inspired-response-to-her-7-year-old/

Sugestão de livro: "101 ways to help your daughter love her body", de Brenda Lane Richardson e Elane Rehr




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